sábado, 31 de dezembro de 2011

Reforços para 2012 ou como LFV deve cumprir a sua palavra

O Sport Lisboa e Benfica, neste momento, possui um quadro de futebolistas profissionais na casa dos 60 jogadores. Um exagero! E a prova de como o clube viveu, nos últimos anos uma política desregrada de contratações. Exemplo perfeito: em Janeiro de 2010 contratámos Éder Luiz, Airton e Alan Kardec. Em 2010/11, só o ponta de lança se manteve no plantel, como opção ocasional. E como estes, tivemos inúmeros exemplos de más contratações, demonstrando que somos pouco selectivos nos nossos alvos. Bem sei que o FCP, por exemplo, também fez maus negócios. Todavia, com o mal deles posso eu bem. O pior disto tudo é o facto do Benfica, em inúmeras ocasiões como nos brasileiros acima mencionados, emprestar a clubes do país de origem. Um erro gigantesco! Deste modo, os nossos investimentos não se habituam à realidade portuguesa. Ainda pior: tratam-se de jogadores que não querem regressar à Luz, não fazendo o forcing para regressar. O que demonstra pouca selectividade no carácter competitivo dos atletas (Enzo Perez anyone?). Pelo meio, quantos milhões "empatámos" nos brasileiros? Sem retorno... 
Nos últimos anos, o Benfica vendeu David Luiz, Ramires, Simão, Tiago, Di Maria e Fábio Coentrão, realizando assim avultadas somas. Mas em nenhum dos casos se acautelou a tempo devido para os substituir e pelo meio adquiriu inúmeros atletas sem qualidade e capacidade para envergar o "manto". 
LFV tem pautado, de há dois meses para cá, por uma mudança radical de discurso (e é nestas coisas que para mim o presidente perde crédito). Temos de desinvestir. Ora eu quero acreditar que o Benfica finalmente acordou, depois de anos de contratações desregradas, cujo o retorno obtido deve-se maioritariamente a JJ, para a realidade! E quero acreditar que o descontrolo acabou e que agora o clube vai olhar para os seus quadros e vai trabalhar no sentido de rentabilizar os investimentos feitos. 
Por norma, quando se empresta um jogador acompanha-se o seu rendimento. E quando este rendimento corresponde, chama-se o jogador de volta, pois quando o contratámos inicialmente era com ideia deste reforçar o plantel! Mais cedo ou mais tarde! Já iniciámos esse processo, com a chamada de André Almeida. Mas há mais, seja em Janeiro ou em Junho, que estão a mostrar-se e que merecem a chamada. São reforços a custo 0, que têm trabalhado de modo sério e que demonstram qualidade! Mais: a sua chamada é um incentivo para os demais. Quem nos poderia então reforçar já? Melgarejo, Miguel Rosa (e emprestaria David Simão, pois Rosa é um jogador mais maduro e apto a entrar) e Yartey. Isto sim, seria o início do cumprimento da palavra presidencial! Um plantel jovem, com jogadores "feitos na casa". E com o tal custo baixo
Tem havido crispação e "berreiro" no que toca ao aproveitamento das escolas do SLB, com muitos a dizer que ser formado no clube não garante nada e que nada dá direito a um Nelson Oliveira a entrar na equipa! Pois não. Mas o clube tem de trabalhar a formação com competência, cujo objectivo tem de ser apontar à equipa principal, por forma a evitar que se gaste demasiado dinheiro com contratações! Além disto, as contratações feitas a baixo custo também devem ter esse intento: rentabilizar e obter proveito. A nível desportivo e financeiro. Trata-se de fortalecer a estrutura formativa, com o objectivo de fornecer a equipa principal e o da prospecção, para perseguir o mesmo objectivo. Por isso, a bem do clube, espero que as palavras do presidente não sejam de demagogia, mas sim com um propósito.
Que me dizem? Fortalece-se a formação e prospecção ou mantemos o rumo actual?  

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Equipa B- Um desafio aliciante, uma possibilidade de futuro.

Honestamente, sempre preferi, na Liga Espanhola, o Real Madrid ao FC Barcelona. Mesmo tempo em que poucos portugueses jogavam lá fora, toda a gente era culé por causa do Figo. Mesmo aí eu puxava pelo Real Madrid. Era uma espécie de clube "irmão" do Benfica. Esta minha preferência acabou com os "galáticos" e ambos os grandes de Espanha me eram indiferentes (continuando um fortíssimo, até hoje, apaixonado pelo AC Milan e Arsenal FC). Mas de 2008 para cá sou um fã do Barcelona. Que troca-tintas pensarão! Tem uma razão de ser, como irei descrever.
O actual FC Barcelona tem um modelo do qual eu sou um enorme adepto e que o Benfica deveria de emular na sua totalidade! Em particular, para este tópico, falo na Equipa B. Na antecâmera da criação desse novo escalão do futebol do nosso clube, espero que o SLB esteja a reflectir profundamente sobre a sua implementação! E que não opte pela via da carneirada desregrada que regeu a primeira vida deste projecto, onde, do princípio ao fim, tudo foi feito à pressa, sem sentido e sem ponderação. O Benfica B não tinha modelo, não tinha ligação com o A, os treinadores e jogadores eram escolhidos sem critério e era o depósito dos dispensados. E nisto é bom lembrar que a actual direcção também tem responsabilidades! E não digam que eram impossível fazer melhor. Vejam o bom exemplo do Marítimo B, que até aproveitou a nossa formação (Leocísio Sami é um dos destaques dos madeirenses). 
Como fazer as coisas então? A meu ver e em primeiro lugar, deveríamos enviar Rui Costa a Barcelona para acompanhar a estrutura formativa blaugrana nos próximos meses e no regresso aplicá-la na Luz. A ligação entre os A's e B's, a tipologia de jogador a adquirir para a equipa secundária, o modelo táctico a adoptar e o perfil do treinador pretendido. Em segundo lugar, o Benfica deve desde já meditar bem numa equipa técnica. Devem ser homens da casa, mas com competência reconhecida (ser da casa não implica capacidade técnica) fora do clube. E devem ter uma ligação orgânica a sucessos no clube, um homem que gerações mais jovens reconheçam propriedade dos valores de clube e sucessos ao serviço do Benfica. Ao fim ao cabo, deve ser um treinador que os jogadores invejem o percurso, querendo imitá-lo! Sugiro Carlos Mozer. E num futuro, Pablo Aimar. Em terceiro lugar, o treinador principal do Benfica deve estabelecer, com o treinador B, o plano de treino a adoptar para ambas as equipas. E plantel B deve ser uma "fotocópia" potencial do plantel A, sendo que este deve ser forçosamente mais curto do que é actualmente, por forma a permitir o lançamento dos jovens da equipa B. Exemplo: entre as duas equipas, no máximo, devem existir 4 guarda-redes, sendo o 5º dos juniores, que passará a integrar ocasionalmente os treinos dos seniores. O ideal seria, no máximo, entre as duas equipas cerca de 40 a 45 jogadores. Próximo passo, a implementação de um modelo táctico único, que se sobreporia a qualquer treinador. Por fim, a obrigatoriedade interna de integrar no plantel B 50% de portugueses, como forma a tirar dividendos futuros ao nível do rendimento financeiro e da Selecção Portuguesa. 
Obviamente, isto são sugestões de um mero "curioso" do futebol. O essencial a retirar daqui terá que ser a reflexão sobre o que fazer com uma equipa B e como implementá-la! Se for para ser "à portuguesa" mais vale estar quieto. Mas em tempos de crise, o Sport Lisboa e Benfica deve estudar a fundo os modelos do Barcelona, o melhor exemplo europeu do que é uma cantera! E deve implementá-lo na sua amplitude, pois todos temos visto os dividendos! Claro que os patamares são diferentes, porém o que nos difere pode até ser vantajoso: o Barça produz um Iniesta e mantém-se com ele, pois está no topo do Mundo. No Benfica, se produzirmos um Iniesta ele mantém-se em Lisboa dois /três e quer sair. Ganharemos 15 ou 20 milhões! Se o vendermos, temos oportunidade de tentar preparar outro, para dois/três depois tentar ganhar mais 15/20 milhões! O que sai mais rentável que comprar um sul-americano por 5/8 milhões e vendê-lo por 25/30 milhões, pois temos de pensar nos ordenados que estes auferem. E num tempo de crise que vivemos, estas transferências de 30 milhões serão cada vez mais difíceis de concretizar, como tal é preferível tentar vender jogadores formados mais vezes por uns 15 ou 20 milhões do que apostar tudo na possibilidade de uma venda milionária de 30 milhões ou mais...    
E vocês, qual a vossa ideia para equipa B? Necessária ou mantém-se tudo como está? 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Caso Rúben Amorim e um aspecto negligenciado pela esfera benfiquista

Tenho deambulado pelos blogues do SLB e reparo num detalhe: a malta divide-se entre a responsabilização do atleta e inépcia do clube em gerir assuntos delicados como estes (associando logo Perez e Capdevilla). Bom, cada é caso é um caso, sendo que são muitos dentro da nossa casa. Assim, apraz-me acrescentar só mais um último insight sobre o caso Rúben Amorim e dou-o por encerrado nesta casa.
Independentemente de tudo, o nº5 tem pendente um processo disciplinar. Ora um processo disciplinar não equivale a pena! Nem equivale a um castigo sanguinário, como muitos pedem. Equivale à averiguação de responsabilidades e sobretudo do grau de culpabilidade. Isto faz toda a diferença e antes que crucifiquemos o atleta em praça pública ou chamemos LFV, JJ e Cia Ltd de incompetentes, aguardemos pelo desenrolar do caso. E da "instrução" do processo. Este é um aspecto "esquecido" por muitos e que faz a diferença. Toda!
A esfera dividiu-se logo. E muitos "apanharam boleia" para exprimirem posições: uns, contra a direcção e/ou técnico, outros anti-jogador. Ora, tratando-se de um atleta e responsáveis encarnados, todos são inocentes, até prova em contrário. O que há a reflectir aqui são outros pontos (o mesmo passando-se com o caso Perez): como é que este caso chega aos jornais? Algo do foro do balneário, não pode vir assim estampado na CS. Com tantas pessoas a gravitar em redor do futebol profissional, a hierarquia da expressão de descontentamento tem de funcionar! Se não funciona, porquê? Ao presidente cabe perceber que relação o funcionário JJ mantém com os seus subordinados. E ao presidente (ou alguém da estrutura) cabe ainda perceber qual o carácter dos seus homens, bem como que relações esses homens desenvolvem fora do balneário (nomeadamente Jorge Mendes). E se essas relações são ou não prejudiciais ao Sport Lisboa e Benfica!
A finalizar, parece-me algo inócuo e prejudicial o extremar de posições nos adeptos. Uns, querem logo punir o jogador ("esquecendo-se" dos casos com Luisão e Cardozo), outros exigem a cabeça da direcção e do treinador. A mim, parece-me mais importante reflectir nos pontos acima referidos! Até porque, pelos antecedentes de todos, ninguém está 100% inocente. Por isso, produza-se prova e faça-se a devida reflexão. 
E vocês? Concordam com a reflexão a fazer ou optam por uma das posições acima descritas?
PS:
1- Joaquim Evangelista deveria ser chamado à sede patronal Sport Lisboa e Benfica para explicar a constante prontidão em assistir jogadores do nosso clube.
2- A CS deveria ser também questionada sobre outros casos similares e em que ponto estão, nomeadamente Luís Aguiar e Cristian Rodriguez, chegando este ao ponto de estar nas cogitações do Inter. Só se for do Inter de Porto Alegre...  

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

No caos, uma oportunidade.

Não adianta mais procurarmos culpados para os casos Rúben Amorim e Enzo Perez. Sem dúvida nenhuma que o Benfica vem primeiro. E nem podemos permitir que casos destes se repitam. Como tal, no caos há uma oportunidade. Sendo aqui o caos a situação desagradável que ambos jogadores colocaram à sua entidade patronal, a oportunidade que o clube tem é tratar do assunto de modo exemplar. E isso não passa necessariamente por pura e simplesmente castigar os jogadores com multas e suspensões. 
Rúben Amorim e Enzo Perez são preciosos activos do clube. E o Benfica já investiu muito dinheiro em ambos. E ainda há que relembrar as "birras" de Cardozo e Luisão, em que o clube não foi tão exemplar como agora se exige. E para mim, Cardozo deve ter o mesmo tratamento disciplinar que Perez. Aliás, eu digo que todos são iguais! Seja Cardozo ou Mika. Outro dado a ter em linha de conta: temos de colocar Amorim e Perez em patamares diferentes, no que toca ao desrespeito perante o clube. O argentino, pelo seu comportamento, tem desafiado publicamente (media, opinião pública e adeptos) o clube. E o Estudiantes, ao não se demarcar de tudo, alinha no filme. Amorim desafiou o treinador, superior directo. Ora bem, Perez, pelo acto que cometeu, tem de se apresentar de imediato em Lisboa e o Estudiantes tem de apresentar uma proposta, sob pena de sofrer queixa na FIFA. Essa proposta deveria ser igual ao valor pago pelo SLB + os ordenados que pagou até Dezembro ao ala. Fora isso, o jogador regressa a Lisboa e assume publicamente o que fez, mostrando-se arrependido do que fez, predispondo-se a sofrer as eventuais consequências. 
Amorim, independentemente de JJ ter as suas birras, deve pagar com "o corpo". Deve sentar-se o com treinador, apresentar razões do seu descontentamento, tudo isto perante o presidente. De seguida, o treinador deve, perante LFV; assumir o castigo a dar ao seu pupilo. Deve ficar afastado dos treinos durante uns tempos e retratar-se perante os companheiros. Ah, ambos devem prestar "serviço comunitário benfiquista", por forma a, juntamente com o afinco nos treinos, ganharem o respeito dos adeptos novamente.
Perante isto, não digo que isto seria a solução ideal, mas o subjacente à redenção dos jogadores e recuperação do investimento deve estar sempre presente. No caos, uma oportunidade de abrir um precedente que não cai no risco de ceder à diferença de estatuto dentro do plantel, ao mesmo tempo que se é rígido! Mão de ferro nem sempre é dura!
Outro ponto: há que atentar no carácter de quem negoceia connosco. E devemos também perceber as falhas do nosso próprio clube. Com António Carraça, Manuel Sérgio, Rui Costa e LFV este tipo de coisas não podem acontecer, sobretudo a transpiração de casos disciplinares para o exterior. Para além dos nefastos efeitos laterais, evitávamos o "bate-boca" lateral pela esfera blogger, algo que pode perigar e minar a confiança em quem nos rege!
E vocês, digníssimos, que me dizem?

Edital: Fórum da Luz

Inicio hoje este espaço com apenas uma ambição. Tentar fomentar o debate entre os benfiquistas. Os meus tópicos irão expressar o meu ponto de vista pessoal sobre o futebol do clube (olhando também a outras modalidades), ao mesmo tempo que tento abrir a via a outras alternativas. O que se pretende é o debate de ideias! As minhas são tão válidas como as vossas, por isso são benvindos a expressarem-se a proporem os vossos pontos de vista.
Existe algo que me tem preocupado: desde que entrei na blogosfera detecto alguma crispação entre os benfiquistas. Não há razão de ser. O que tem de acontecer é o debate forte de ideias! A troca. E é isso que proponho!
Sejam benvindos!